quarta-feira, 7 de março de 2018

Uma crónica sobre bullying...



O 'bullying' de José Mourinho
22.11.2007 

Para os dois ou três leitores que não acompanham com atenção a vida familiar de José Mourinho, aqui fica a novidade: ao que parece, o Special One tirou os filhos do colégio inglês que frequentavam em Palmela. Não o censuro. Eu também não gostaria que os meus filhos andassem numa escola em que os pais dos outros alunos batem na miudagem. Pode ser perigoso.

Já sei, já sei. O Mourinho não bateu no miúdo. A notícia foi logo desmentida, facto aliás inédito na nossa imprensa tablóide, sempre tão rigorosa. Mas ainda assim não consigo evitar uma certa desilusão com o comportamento do melhor treinador do mundo neste caso. Admito que certas crianças que andam na escola com os filhos do Mourinho são como a imprensa inglesa (embora tenham, talvez, um pouco mais de maturidade): fazem escândalo por tudo e por nada, insultam a torto e a direito, e mal sabem escrever. Mas esperava-se que Mourinho, tendo vivido tantos anos em Inglaterra, soubesse lidar melhor com o fenómeno. Em vez do Daily Mirror, agora tem de ouvir o Pedrinho. Se nunca puxou cabelos nem orelhas aos tablóides ingleses, que bem mereciam o correctivo, porquê tentar fazê-lo agora a uma criança de 12 anos? Melhor e mais eficaz teria sido se Mourinho tivesse aplicado ao Pedrinho os seus famosos mind games. Já serviram para irritar as personalidades mais poderosas do mundo do futebol, pelo que têm currículo mais do que suficiente para arrasar um adolescente pré-púbere de Palmela. Os mind games do Mourinho sempre foram, aliás, inspirados nos bate-boca da escola. Os remoques com que ele irritava Alex Ferguson e Rafa Benítez eram claramente devedores de clássicos como "o meu pai é polícia e bate no teu", ou "quem diz é quem é".

Julgo que, neste momento, já é óbvio para todos o que Mourinho devia ter feito. Chamava o Pedrinho à parte e dizia-lhe: "A minha filha tem melhores notas do que tu, pá. Tu estás no oitavo ano e ela no sexto porque tens sido beneficiado pelos professores, mas embora sejas dois anos mais velho do que ela, a miúda vai acabar a faculdade primeiro do que tu. E eu, quando sair daqui, vou comprar a casa dos teus paizinhos só para deitar tudo abaixo e colocar no mesmo sítio um cartaz de 50 metros por 20 a dizer que tu fazes chichi na cama." Creio que, depois disto, o puto teria saído do colégio inglês de Palmela, e passaria a ser o pior aluno da escola secundária de Pinhal Novo. Tudo em menos de quinze dias.

Ricardo Araújo Pereira
in http://visao.sapo.pt/opiniao/ricardo-araujo-pereira/o-bullying-de-jose-mourinho=f517257, 6-3-2018  

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Queres ler histórias e testemunhos de bullying????

Na Secção 'LIVROS' que podes encontrar na margem direita deste blogue tens as referências dos livros. Aqui podes ver as capas. Vale a pena ler!






segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

O bullying na escola - documentos

Documentos apresentados na sala de aula:
  • Artigo publicado na Visão Júnior nº 90 de novembro de 2011, pp. 22-26, "Basta de sofrer na escola"





 
  • Bullying - trabalho escolar
 

  •  Refletindo sobre o bullying (a turma da Mônica)

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

BULLYING - um exercício!



Uma professora quis ensinar à sua turma os efeitos do bullying.
Pediu-lhes para seguirem as seguintes instruções:

a)     Deu a todos os alunos uma folha de papel e disse-lhes para amachucarem, para deitarem para o chão e para pisarem. Resumindo, podiam estragar a folha o mais possível, mas não rasgá-la. As crianças estavam entusiasmadas e fizeram o seu melhor para amachucarem a folha, tanto quanto possível.

b)    A seguir a professora pediu-lhes para apanharem a folha e abri-la novamente com cuidado, para não rasgarem a mesma. Deviam endireitar a folha o mais possível, com muito cuidado. A senhora chamou-lhes atenção para observarem como a folha deles estava suja e cheia de marcas.

c)     Depois pediu para as crianças pedirem desculpa ao papel em voz alta, enquanto o endireitavam. Eles mostravam o seu arrependimento e passavam as mãos para alisarem o papel, mas a folha não voltava ao seu estado original. Os vincos estavam bem marcados!

d)    A professora pediu que olhassem bem para os vincos e marcas no papel. E chamou a atenção deles para o facto destas marcas NUNCA mais desaparecerem, mesmo que tentassem repará-las.


RESUMINDO E CONCLUINDO:


“É isto que acontece com as crianças que são “gozadas” por outras crianças”.
 
Podes dizer “Desculpa!”…
Podes tentar mostrar o teu arrependimento…
mas as marcas, essas, ficam para sempre!




O bullying estraga mais do que nós podemos imaginar!!!